segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Senhor Jesus Cristo

2010 superou 2009, para mim e 2011 tem expectativas de superar 2010 o que me deixa muito feliz. Tenho praticamente publicado o meu primeiro livro – Século XV – Lagos Henriquina e pós-Henriquina que tenho divulgado em vários portais. Este livro tem preço de venda – 12€ e uma edição de 550 exemplares e é a chiadoeditora@gmail.com que devem contactar. Conto convosco para que esgote num instante. Modéstia aparte sei que é um trabalho excelente e com bastante nova informação que vai muito para além da história de Lagos, sendo Lagos apenas o átomo da vida nacional e internacional que perpassa anos quatrocentos até à revolução industrial que estabelece um novo patamar na história universal, no século XIX.
Partindo de LAGOS é um novo patamar que se escreve na história universal – os Descobrimentos e o início da era do comércio internacional – que vão modificar o mundo, mas foi em LAGOS que tudo começou!
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25 de Dezembro de 2006
Senhor Jesus Cristo,
Neste Natal elevo para ti o meu pensamento.
Sabes que sou Tua discípula: sou cristã, católica, ecuménica porque Tu nos ensinaste a ser assim.
Não me lembro de Te ter escrito uma carta a pedir-Te prendas quando era novinha, mas parece-me que nessa altura não se pediam prendas; aceitava-se aquelas que caíam no nosso sapatinho que ficava por baixo da chaminé na noite de Natal.
Felizmente na minha infância não havia o Pai Natal, mas sim o Menino Jesus que no Seu aniversário nos dava prendas. Lembro-me que alguma colega mais atrevida dizia à professora:
- Não é o Menino Jesus que nos dá prendas. É o nosso pai (a nossa mãe).
E a professora respondia:
- Mas é o Menino Jesus que dá saúde, paz, trabalho ao teu pai para ele te poder comprar as prendas.
E todas concordávamos. Nessa altura não havia turmas mistas, mas turmas de meninas numa escola e turmas de meninos noutra escola e as professoras eram principalmente professoras de meninas.
Muito me tens dado, Senhor Jesus Cristo, no dia de Natal e em todos os outros dias. Eu sou muito feliz porque sempre fui tua discípula e com o Teu auxílio e apoio quero continuar a sê-lo.
Quando ouço os outros Te considerarem profeta como eles têm, cada religião, o seu profeta, fico muito triste por eles; mas respeito a sua escolha. Nós também temos profetas; mais do que um que vão surgindo em épocas diferentes para actualizar a Igreja e ela ir permanecendo porque Tu estás com ela. Temos S. João Baptista, S. Paulo entre os primeiros. Mas Tu nunca foste um profeta; Tu sempre foste o Filho de Deus e o Filho do Homem; sempre o afirmaste assim como “Eu sou da Verdade e quem é da Verdade aceita o que EU digo”. Eu aceito!
Feliz aniversário, Senhor Jesus Cristo!
E Bom Natal!
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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

As Prendas para o Menino Jesus


Feliz Natal e ótima passagem de ano com muita saúde, alegria, amizade e solidariedade; que o novo ano vos traga a realização dos vossos desejos.


30 de Dezembro de 2009
Sobre As Prendas para o Menino Jesus
Jesus Cristo nasceu no ano do recenseamento romano na Palestina. Aproximava-se a data do recenseamento em Belém e era exigido a todos os cidadãos que se recenseassem no concelho onde tinham nascido. José pertencia à linha de David e tinha nascido em Belém. Maria estava prestes a dar à luz, mas o José não podia deixar de comparecer para se recensear em Belém e à sua família para bem de todos e havia datas a cumprir.
Quando chegaram a Belém, esta cidade-vila estava cheia de gente que, como o José, tinha nascido no concelho, mas morava longe. Todas as hospedarias estavam cheias e José não conseguiu lugar em nenhuma delas nem/ou por causa do bebé estar prestes a nascer.
Já nos limites de Belém e perante mais um “não”, José desesperou. Vendo o seu desespero, o dono da hospedaria cedeu-lhes a ramada. Não seria o lugar ideal para um bebé nascer, mas era melhor do que acontecer na rua sem nenhum resguardo. José agradeceu e lá se encaminhou com Maria e o seu burro, em cima do qual Maria fez o percurso de Nazaré a Belém.
José aconchegou umas palhas e Maria deitou-se tapada com as mantas que tinham trazido, enquanto o José saiu a buscar água e algum alimento para os dois. Quando regressou, tal não foi o seu espanto quando viu Maria com um menino ao colo embrulhado na sua roupinha trazida por Maria. Ele não queria acreditar, mas era verdade: Maria já tinha o seu bebé ali, à vista. Correu à hospedaria a pedir uma parteira que a examinasse para saber se estava tudo bem com ela e com o menino. Era noite, seria difícil! - disseram-lhe na hospedaria – Mas, pela manhã, ficasse descansado que teria uma mulher experiente para vê-la. Tinha a sua palavra. – disse-lhe o estalajadeiro.
Finalmente José dirigiu-se com calma para a ramada. A noite não estava fria, mas húmida e lá se deitou ao lado de Maria e do Menino para ficarem mais quentinhos.
Entretanto, uma luz brilhava no céu e não era uma estrela. Era completamente diferente delas. Vários astrólogos a viram e pensaram: É este o sinal pelo qual estávamos esperando. O Rei dos reis já nasceu. Onde terá acontecido? Quem será ele?
Os astrólogos daqueles tempos eram pessoas muito importantes e muito desejadas. Os reis só tomavam decisões, após ouvi-los. Na verdade, eram eles que governavam porque os reis só faziam o que os magos (assim se chamavam naquela época) lhes diziam e aconselhavam. Mesmo que desejassem muito fazer o contrário, não se atreveriam porque não queriam as consequências que o mago tinha avisado que aconteceriam, se o rei teimasse em fazer o que queria. Os magos viviam muito bem, eram muito respeitados e eram os cientistas da época.
Mais uma vez, os magos sabiam o que mais ninguém sabia: o Rei dos reis tinha nascido e só eles o sabiam. Aquela luz o testemunhava e aquela luz era Cristo. Mas Cristo não avisou apenas os magos. Aquela luz apareceu perto dos pastores com um anjo. Eram pastores que, de madrugada, tinham saído com os seus rebanhos para passarem o dia na serra. Disse-lhes o anjo:
- Esta noite, na cidade de David, nasceu-vos o Salvador que é o Messias, o Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.
De repente, os pastores que já estavam cheios de medo com a presença daquela luz e do anjo, ouviram uma multidão de vozes, sem verem ninguém, cantando:
- Glória a Deus nas alturas e paz na Terra a todos os de boa-vontade. (S. Lucas 2, 8-15)
Os pastores ficaram extasiados com aquela manifestação divina (teofania) e após, decidiram ir a Belém ver o que tinha acontecido e que o Senhor lhes dera a conhecer.
Entretanto, já era manhã cedo, Maria e José esperavam a parteira e decidiram pôr o Menino na manjedoura perto da vaca que estava na ramada e do seu burro e fizeram a sua higiene.
O estalajadeiro saudou-os e trouxe um jarro com o qual ordenhou a vaca e ofereceu o leite para o Menino beber e os pais também. Também lhes ofereceu pão e chouriço. A parteira entrou e ficou com Maria, enquanto José saiu com o estalajadeiro que se sentia uma pessoa muito feliz.
Chegaram os pastores e contaram ao estalajadeiro e a José o que lhes tinha acontecido. O estalajadeiro e José ficaram estupefactos. Sai a parteira e diz a José: - A sua mulher está bem e o Menino também. Ela é uma santa. Cuide bem dela!
Quanto lhe devo? - pergunta-lhe José e ela diz: - Nada! Nada! E sai, benzendo-se muitas vezes. José entra na ramada, preocupado. O que se passa, Maria?
Está tudo bem! - diz-lhe ela.
Podemos entrar? Queremos ver o Menino. É o Messias! - dizem os pastores. Entrem! Entrem! - disse-lhes José. Eles ajoelharam-se em frente do Menino e as ovelhinhas circundaram-nos balindo, contentes. Os pastores ofereceram os queijos que tinham, pão e leite.
Chegaram mulheres com fruta e uma sopa quente para eles e para verem o Menino e assim foi toda a manhã.
Depois chegaram familiares de José que acorreram para conhecer o Menino, não sabendo que lá estava José. Reconheceram-se e ficaram muito contentes. Levaram José, Maria e o Menino para sua casa. José agradeceu, comovido.
Manhã cedo da noite em que nasceu, já Jesus Cristo estava a receber prendas; bem simples, é verdade; mas prendas com o coração.♥
ramada = abrigo feito nos campos para recolha de gado.
ordenhar = espremer as tetas de um animal-fêmea para lhe extrair o leite.❐
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domingo, 12 de dezembro de 2010

Dia de Todos-os-Santos

Aproxima-se o dia 01 de Novembro. Temos a graça de ser feriado e ser o dia dedicado a Todos-os-Santos.
Pela minha ocupação tenho-me apercebido de que já há vários anos nas escolas, pelo menos públicas, a maior parte deste primeiro trimestre é dedicado a preparar os alunos para celebrarem este dia, não como Dia de Todos-os-Santos, mas como Dia das Bruxas. Todos os anos, eu pasmo; desta vez decidi passar para o papel esta angústia; pois é de angústia que se trata. Então, os professores, funcionários públicos, pagos por todo o povo português, num país cristão, recusam-se a falar dos Santos, e das celebrações deste dia que oficialmente é feriado e dedicado a Todos-os-Santos, para falarem das Bruxas e dos seus afins, de magia negra e prepararem os seus alunos com artefactos para celebrarem assim este dia; de algo que faz parte da cultura anglo-saxónica e não da nossa. Todos os pais têm de saber disto; é impossível que tanto afazer não chegue ao conhecimento dos pais e eles “engolem e calam”; pois é algo, com certeza essencial na educação dos seus filhos. Ah! Ah! Ah! E todos andam a pagar impostos para isto!
Portugal, por onde andas? Para onde queres ir? Não te reconheço!❐
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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Tradições - II

27 de Dezembro de 2009
Tradições - II
Este Natal tenho-me lembrado muito dos Natais da minha infância. Tenho-me recordado de como me metia na cama no maior silêncio e de como praticamente quase não respirava para não perturbar Jesus Cristo.
Queria muito que Ele viesse à minha casa. Havia uma mistura de sentimentos: era um afecto muito grande que sentia por Ele e se Ele viesse à minha casa e, se ainda por cima, me desse prendas era a realização plena; talvez um sentimento inconsciente de ser correspondida no meu afecto de criança por Ele. Era a prova de que Ele também gostava de mim e isso numa criança é importantíssimo. Assim à distância, parece-me um sentimento que se assemelhava a termos alguém que gosta de nós, nos visita e nos dá prendas; acho que é um afecto de criança correspondido. Por nada eu queria perturbar ou desrespeitar Jesus.
E ficava quietinha, metida entre os lençóis e as mantas na expectativa da chegada de Jesus com as prendas. Acho que seria capaz de escutar alguma mosca tal era o silêncio que fazia para estar alerta e não perturbá-l'O. A noite de 24 para 25 de Dezembro era longa e tardava tanto amanhecer ...
Ter prendas no sapatinho era uma grande alegria! Nos anos 1960, as prendas tinham muito mais valor porque eram raras e sempre muito esperadas. Com a Graça de Deus, sempre tive prendas no meu sapatinho e assim sempre me senti muito amada por Jesus.
Muito bom ano de 2010; que seja melhor do que o de 2009. Também para mim.❐
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